A IGREJA DE ROMA assegura que a santa Maria, mãe
de Jesus, conservou-se virgem até a sua morte:
“Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho,
Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo de seu seio,
Virgem sempre” (C.I.C. p. 143, # 510).
Contestação – Antes do nascimento de Jesus, Maria
e José não mantiveram relações íntimas. Nascido Jesus, e passado o período
pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os
seguintes filhos: Tiago, José, Simão, Judas e, no mínimo, duas filhas. Esta
opinião está alicerçada nos textos abaixo:
“Não é este o filho do carpinteiro? E não se
chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre
nós todas as suas irmãs?” (Mateus 13.55-56; Marcos 6.3).
Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro
de São Mateus:
“Estando Maria, sua mãe (mãe de Jesus), desposada
com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José,
seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la
secretamente. Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o
que nela foi gerado é do Espírito Santo. José, despertando do sonho, fez como o
anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. Mas não a conheceu até que
ela deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus” (Mt 1.18-20, 24-25).
A expressão “ATÉ QUE” – “não a conheceu até que
ela deu à luz um filho” – indica um limite de tempo. Poderíamos traduzir assim:
José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de
Jesus, aliás, em cumprimento à profecia: “a virgem conceberá e dará à luz um
filho …” (Isaías 7.14). Isto é, até o nascimento de Jesus ela manteve-se
virgem. Os romanistas interpretam o texto de forma diferente. Dizem que a
abstinência de José manteve-se depois do parto de Maria. Para mim, a expressão
é clara. Veja o exemplo de uma ordem de uma mãe ao filho: “Você deve ficar em
casa até que eu volte”. Então, enquanto a mãe não voltar, o filho ficará em
casa. A proibição alcança o tempo em que aquela mãe estiver fora de casa.
Depois do seu retorno, o filho poderá sair de casa. Comparativamente, enquanto
não nasceu Jesus, José respeitou a virgindade de sua mulher. Jesus realmente
nasceu de uma virgem, conforme a Escritura, mas nada prova que Maria tenha
continuado virgem.
Lembremo-nos, finalmente, de que Maria “deu à luz
a seu filho primogênito…” (Lucas 2.7a). Primogênito, segundo o Dicionário
Aurélio, diz-se “daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais
velho”. Jesus foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria, conforme
Mateus 13.55-56.
A nossa análise terá como base o seguinte
registro: “José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe
ordenara e recebeu em casa sua mulher. Mas não a conheceu até o dia em que ela
deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus” (Mateus 1.24-25, Bíblia
[católica] de Jerusalém).
A passagem acima diz claramente que José,
atendendo ao anjo, recebeu em sua casa a sua esposa Maria, e foram viver como
marido e mulher. Está dito que Maria foi a mulher de José; que José não
conheceu a sua esposa enquanto ela estava grávida de Jesus; que Jesus nasceu de
uma virgem, porque José somente conheceu sua mulher – ou seja, teve relações
com ela – depois do nascimento de Jesus.
Católicos há que contestam o que está escrito na
Bíblia, e dizem que “nas Sagradas Escrituras a expressão “até que” é empregada
muitas vezes para indicar um tempo indeterminado, e não para marcar algo que
ainda não aconteceu”. Não iremos nos estender na refutação dessa tese porque as
duas bíblias de início citadas, aprovadas pelo catolicismo, interpretam
corretamente referido versículo, como a seguir:
“Mas [José] não a conheceu até o dia em que ela
deu à luz um filho, e ele o chamou com o nome de Jesus”: “O texto não considera
o período ulterior [depois do parto] e por si não afirma a virgindade perpétua
de Maria, mas o resto do Evangelho, bem como a tradição da Igreja, a supõem” (Comentário
da Bíblia [católica] de Jerusalém).
Em outras palavras, os exegetas católicos, que
trabalharam na edição da referida Bíblia, reconheceram o óbvio, ou seja, que
até o nascimento de Jesus, José e Maria não se “conheceram”. Todavia, dizem bem
quando entendem que a Tradição “supõe”, isto é, o dogma da perpétua virgindade
de Maria é uma suposição, não uma realidade bíblica. O comentário acima coloca
por terra argumentos outros não oficiais, segundo os quais José não conheceu
sua esposa nem antes nem depois do nascimento de Jesus.
Outro comentário: “Enquanto (ou até que): esta
palavra portuguesa traduz o latim donec e o grego heos ou, que por sua vez
estão calcados sobre a expressão hebraica ad ki que se refere ao tempo anterior
a esse limite sem nada dizer do tempo posterior, cf. Gn 8.7;Sl 109.1; Mt 12.20;
1 Tm 4.13. A tradução exata seria: “sem que ele a tivesse conhecido, deu à
luz…”, pois a nossa expressão “sem que” tem o mesmo valor” (Bíblia [católica]
Sagrada).
O que a Bíblia acima está dizendo em seus
comentários é que o “ATÉ” não foi ALÉM do nascimento de Jesus, ou seja,
enquanto grávida e até dar à luz não houve “conhecimento” mútuo do casal.
Concordando com as Bíblias Católicas, a Bíblia
Apologética, usada pelos evangélicos, assim esclarece: “Veja a preposição “até”
em qualquer concordância bíblica e ficará surpreso a respeito do seu
significado. Observe alguns exemplos: Levíticos 11.24-25: “E por estes sereis
imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, imundo será ATÉ à tarde”. E
depois da tarde, eles permaneceriam imundos? Vejamos agora Apocalipse 20.3: “E
lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais
engane as nações, ATÉ que os mil anos se acabem. E depois importa que seja
solto por um pouco tempo”. Assim, a relação existente antes do nascimento de
Jesus se modificou [como se modificou a situação de Satanás após os mil anos de
prisão], não a conheceu até que ela deu à luz. Essa passagem declara que,
depois do nascimento de Jesus, José e Maria tiveram uma vida conjugal normal,
como qualquer outro casal. Nenhum autor do Novo Testamento ensina a doutrina da
virgindade perpétua de Maria. Se tratasse de uma doutrina ou ensinamento vital
ou essencial como requer o catolicismo, certamente Paulo e os outros discípulos
teriam mencionado a respeito. Assim resta ao catolicismo romano apegar-se à
tradição, porque a Bíblia não aceita essa teoria (Colossenses 2.8)”.
A expressão “não coabitou com Maria ATÉ QUE
nascesse Jesus” está muito clara. Ligada à fala do anjo que disse a José que
RECEBESSE Maria, sua mulher, ficou entendido que passado o período da gravidez
e do descanso depois do parto, José e Maria, marido e mulher, continuariam uma
vida a dois como todos os casais do mundo. Assim aconteceu, pois tiveram muitos
filhos, conforme está em Mateus 13.55-56. José e Maria constituíram um casal
muito feliz e foram abençoados por Deus. E por ter filhos, por amar o seu
esposo, por ter sido mãe, Maria não pecou nem perdeu a sua santidade.
Maternidade e santidade podem caminhar juntas, sem que uma prejudique a outra.
Sexo no casamento não é pecado.
Houve ordem divina para que José não “conhecesse”
sua mulher?
Se não havia a intenção formal nem de José nem de
Maria, de viverem sem relações íntimas, embora residissem sob o mesmo teto,
teria havido alguma ordem divina nesse sentido? O leitor deverá ler
cuidadosamente Mateus 1.18-25 e Lucas 1.26-38 para verificar a inexistência de
qualquer tipo de impedimento. A resposta de Maria ao anjo – “Como é que vai ser
isso, se eu não conheço homem algum?” (Lc 1.34) – pode ser interpretada como um
voto de virgindade?
A Bíblia [católica] de Jerusalém, em seus
comentários, responde: “A “virgem” Maria é apenas noiva (v.27) e não tem
relações conjugais (sentido semítico de “conhecer”, cf. Gn 4.1; etc.). Esse
fato, que parece opor-se ao anúncio dos vv. 31-33, induz à explicação do v. 35.
NADA NO TEXTO IMPÔE A IDÉIA DE UM VOTO DE VIRGINDADE” (realce acrescentado).
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
Extraído do site palavradaverdade.com em
28/10/2013
GRIFO MEU:
Você que é católico
considera Maria uma mulher obediente à Palavra de Deus, certo? Como eu também a
considero. Sendo assim, ela nunca poderia ter negado o sexo ao seu marido, pois
se assim fez, passou a não cumprir a Palavra de Deus e pecou.
Em I
Coríntios 7 diz que a mulher não pode negar ao marido e o marido a
esposa. Veja o que a bíblia diz a partir do verso 3: “O marido cumpra o seu dever para com a
sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. 4.
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma
forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. 5.
Não
vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos
aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o
outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência.”
(Bíblia ave Maria) (http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/i-corintios/7/)
Deus mandou suprir essa
necessidade de seu cônjuge, não mandou você boicotá-lo! Negligenciar a
intimidade é descumprir a Palavra de Deus. Sexo
é dever e não opção no casamento entre marido e esposa. Por crer que Maria foi
fiel a Deus e à Sua Palavra, ela não deixou de ter relação sexual com José e,
por isso, não permaneceu virgem até morrer como afirma a Igreja Católica,
certo?
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