“Porque
os bem-aventurados, estando mais ìntimamente unidos com Cristo, consolidam mais
firmemente a Igreja na santidade, enobrecem o culto que ela presta a Deus na
terra, e contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em
Cristo (cfr. 1 Cor. 12, 12-27).”
Concílio Vaticano II, Lumen Gentium,
parágrafo 49
Citando o texto de 1 Co 12, a cúria romana tenta ensinar, baseando-se nas
tarefas diferenciadas dos membros do corpo de Cristo, que os que morreram
continuam a exercer alguma tarefa junto à Igreja. A Bíblia não ensina em
lugar nenhum que os que morreram “contribuem de muitas maneiras” para a
edificação dos que estão na terra. Certamente não foi lendo a Bíblia que o
Vaticano aprendeu isso. É fato que o Catolicismo rege uma união entre os crentes
vivos na terra e os que estão com Cristo, porém ignoram as leis e preceitos que
Deus estabeleceu sobre a morte.
A Bíblia diz que os que morreram não têm “daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Ec 9:6), isto é, eles não têm mais nada a ver com o que se faz na terra. Veja como a Bíblia Ave Maria verte o texto: “não terão mais parte alguma, para o futuro, no que se faz debaixo do sol.”. Este é um princípio de Deus, portanto, imutável. Os mortos não tem nada a ver com o que se faz “debaixo do sol” (isto é, nesta vida). Como pode a Igreja Católica ensinar que eles têm parte com o que se faz neste mundo, quando a Bíblia afirma que não? Há inúmeros casos de intercessão na Bíblia, mas somente de pessoas que estavam “debaixo do sol”, ou seja, vivos, nunca de pessoas que já morreram.
A Bíblia diz que os que morreram não têm “daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Ec 9:6), isto é, eles não têm mais nada a ver com o que se faz na terra. Veja como a Bíblia Ave Maria verte o texto: “não terão mais parte alguma, para o futuro, no que se faz debaixo do sol.”. Este é um princípio de Deus, portanto, imutável. Os mortos não tem nada a ver com o que se faz “debaixo do sol” (isto é, nesta vida). Como pode a Igreja Católica ensinar que eles têm parte com o que se faz neste mundo, quando a Bíblia afirma que não? Há inúmeros casos de intercessão na Bíblia, mas somente de pessoas que estavam “debaixo do sol”, ou seja, vivos, nunca de pessoas que já morreram.
Entretanto,
em um esforço para tentar provar seu ponto de vista, os apologistas Católicos
citam dois textos para tentarem provar que os mortos podem contribuir para a
edificação dos vivos. Vejamos:
- A. Jeremias 15:1
Um texto
frequentemente citado por eles para apoiar a intercessão dos Santos é Jeremias
15:1 que diz:
“Disse-me,
porém, o Senhor: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não
poderia estar a minha alma com este povo”.
Moisés e
Samuel já estavam mortos há muito tempo quando Jeremias escreveu o verso em
análise. Sendo assim, os apologistas Católicos argumentam dizendo que quando
Deus fala que nem mesmo se eles – Moisés e Samuel – se pusessem diante dele
(intercedendo pelos israelitas) Deus se compadeceria de Israel; desta forma, os
apologistas Católicos afirmam que haveria uma possibilidade de haver
intercessão após a morte, pois Moisés e Samuel já haviam morrido.
Não é
necessário ir muito longe para perceber que esse argumento é fraudulento e
muito fraco. Onde o versículo diz que Deus se referia ao tempo do profeta
Jeremias? Deus estava se referindo a Moisés e Samuel enquanto estavam vivos.
Mesmo que estivessem vivos e intercedessem por Israel, Deus não voltaria atrás.
Onde os apologistas encontraram a intercessão dos mortos neste versículo?
No
contexto, Deus está se respondendo à intercessão feita pelo profeta Jeremias
(Jr 14:19-22). Em resposta à oração do profeta, Deus diz que mesmo que Moisés e
Samuel – que já tinham tido êxito em intercessões no passado (confira Êx
32:11-14, 31-35 e 1Sm 7:5-9) – estivessem no lugar de Jeremias (intercedendo
por Israel naquele momento), Deus não voltaria atrás em sua decisão.
Vê-se que
os apologistas Católicos usam de um argumento fraco, sem contexto e totalmente
desprovido de alguma verdade.
- B. Apocalipse 6:9-11
Neste
texto, após a abertura do quinto selo, surgem as almas dos que foram mortos por
causa de sua fé em Cristo (mártires) e eles clamavam por Justiça. Diante deste
texto, os apologistas questionam: Se estes santos oram por si mesmos, o que
impede que eles orem por nós?
Como já
vimos, os que morreram não têm mais nada a ver com a obra que se faz na terra
(Ec 9:6) e assim não podem intervir nos assuntos terrestres. Ao usarem o texto
de Ap 6:9, os apologistas Católicos ignoram o contexto do livro do Apocalipse,
pois estes mortos não são santos (como nos moldes Católicos), pois eram recém
chegados da Grande Tribulação (veja Ap 7:14), e não estavam orando ou
intercedendo, mas pedindo o cumprimento da promessa de Jesus: “Bem
aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. ”
(leia as palavras de Jesus em Mt 5:6,11,12). Assim sendo, eles não estavam
orando ou intercedendo, mas sim pedindo o cumprimento de uma promessa que nos
foi feita por Jesus Cristo.
Podemos
concluir dizendo que os que morreram, não tem mais parte com os vivos, embora
façam parte da Igreja de Cristo e ainda sejam herdeiros das mesmas promessas
que os vivos. No entanto, seu estado os impedem de agir em prol dos vivos (Fp
1:21-24), mas apenas aguardam a ressurreição para a vida eterna (leia Ap 6:11).
Extraído
do livro “O Catolicismo e a Bíblia” de Rafael Nogueira
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